CAPÍTULO IV

 

UM CASO PRÁTICO

 

Por João de Carvalho Leite

Dando seqüência ao estudo da contabilidade, vamos continuar a nossa aula, agora com um caso prático, mas ainda de forma pessoal, pois acredito que assim facilitará bastante ao aprendizado quando entrarmos no estudo da contabilidade normal de uma empresa.

            Vamos imaginar que o jovem Antônio Silva, com 21 anos de idade, tenha acabado de concluir o curso superior. Para sua maior alegria já tinha um destino profissional, pois pelo seu mérito no curso, foi indicado pela Faculdade a uma empresa de grande porte, para começar a trabalhar imediatamente. O único inconveniente era que teria que mudar de sua cidade, pois a empresa a qual iria trabalhar situava-se muito distante dali. Antônio era de uma família muito humilde e foi com muito sacrifício que concluiu seus estudos.  Na despedida, seu pai lhe chamou e disse: Meu filho, juntei umas economias especialmente para este dia, com isso vou lhe dar R$- 1.000,00 para  que “se ajeite” até receber seu primeiro salário. Estou muito orgulhoso de você e desejo-lhe sucesso e que Deus lhe acompanhe sempre.

E lá se foi o nosso amigo Antônio, dando início a uma outra faceta de sua vida, já com uma grande vantagem, pois já estava empregado, com salário de R$- 2.500,00 mensais.  Era 01/março/2001.

          Está formado o enredo, agora nós seremos o anjo da guarda do nosso amigo, pois estaremos vigiando-o o tempo todo e vamos controlar tudo o que acontecer com ele, ou seja, vamos contabilizar tudo.

           Antônio saiu de casa, vamos dizer assim, apenas com a roupa do corpo e os R$- 1.000,00 que seu pai lhe deu, pois a pouca roupa que tinha não era adequada para o novo serviço, portanto, chegando ao destino teria que comprar novas roupas, para compor seu novo vestuário.

           Como estaria a situação do nosso amigo em 01/03/2001?

           Neste dia ele tinha R$- 1.000,00 em dinheiro, que era o seu único capital.  Nós já sabemos que coisa boa é ativo e terá sempre saldo devedor, e que sempre que debitarmos alguma coisa teremos que creditar a contra-partida correspondente. Neste caso vamos debitar a Conta Caixa que é o nome que utilizamos para identificar o dinheiro que temos em nosso poder. A contra-partida, ou seja, a conta a ser creditada será Capital que é o Patrimônio Líquido do Antônio neste momento e como nós já vimos ficará registrada no Passivo.

            Portanto, o primeiro fato contábil se consumou com a entrega dos R$- 1.000,00 do pai para o filho e contabilmente teríamos o seguinte lançamento no Livro Diário:

E no Livro Razão (Fichas “Razão”), como ficaria?

Para efeito de aprendizado, estaremos utilizando apenas “pequenas tiras” do Livro Diário e das Fichas “Razão”, o suficiente para o lançamento, pois serão muitas fichas e estaremos com isso economizando espaço, pois como já é de conhecimento de vocês, em função do método das partidas dobradas, todo lançamento envolverá duas Fichas “Razão” distintas. Na escrituração do Livro Diário não repetiremos os lançamentos efetuados anteriormente, no entanto, as Fichas “Razão” vamos apresenta-las sempre completas, portanto para acompanhar melhor os lançamentos atentem para as datas dos mesmos.

Com isso este primeiro lançamento no Razão ficaria assim:

 

Vocês perceberam que a primeira ficha pertence a Conta Caixa e tem R$- 1.000,00 de saldo devedor e a segunda ficha pertence a Conta Capital e tem R$- 1.000,00 de saldo credor. 

            Chegando ao seu destino, Antônio foi liberado pelo seu novo chefe em dois dias para poder resolver os problemas de acomodações e demais assuntos inerentes.

            Alugou um apartamento, mobiliado, por R$- 600,00 a vencer sempre  no dia 05 de cada mês, não sendo necessário efetuar nenhum pagamento antecipado, depois foi às lojas para comprar roupas, sapatos, inclusive roupas de camas, gastando no total R$- 450,00. Efetuou, também, uma pequena compra no supermercado, sendo gêneros alimentícios no valor de R$- 120,00 e materiais de limpeza e higiene no valor de R$- 60,00, pois ele mesmo cuidaria de preparar as refeições e a limpeza ficaria a cargo de uma “diarista” duas vezes ao mês. 

Agora, vamos formalizar tudo isso, ou seja, vamos efetuar os devidos lançamentos no Livro Diário:

            Como vocês estão percebendo, nós estamos debitando tudo o que ele foi adquirindo, pois já dissemos que coisa boa tem que ter saldo devedor e deve ficar no ATIVO. Vestuário, alimentos e materiais de limpeza, dentro da nossa lógica, são coisas boas, portanto deverão ser lançadas em suas contas específicas no Ativo (Vocês concordam com isso? Voltarei no assunto mais à frente). Com relação à conta que utilizamos como contra-partida destas aquisições, não teria outra no momento a não ser a Conta Caixa, pois é lá que estava os R$- 1.000,00 reais do nosso amigo.

             Como ficaria, então, esses lançamentos no nosso RAZÃO?

            Vocês perceberam que nesta última escrituração no Livro Diário foram movimentadas quatro Contas (Vestuário, Gêneros alimentícios, Materiais de limpeza e Caixa), portanto estas quatro Contas deverão também ser movimentadas no Razão.

Portanto, no Razão ficaria assim:

 

  

             Como vocês viram acima as Contas debitadas já estão prontas, agora faltam às contra-partidas, que no caso foram efetuadas na Conta Caixa, que já existia e tinha um saldo de R$- 1.000,00, por ocasião da doação recebida, conforme segue: 

            Vocês perceberam que dos R$- 1.000,00 que o nosso amigo tinha, depois das aquisições efetuadas, restaram apenas R$- 370,00. O Antônio entendendo que era muito dinheiro para ficar na carteira (em caixa) resolveu ir até o Banco e abriu uma conta corrente depositando R$- 300,00. Vamos, então, fazer o lançamento contábil deste depósito no Livro Diário:

                Vamos fazer agora o lançamento no Razão:

 

            Nós criamos uma ficha razão para a Conta Banco c/corrente que recebeu o depósito de R$- 300,00 e a contra-partida foi a Conta de onde saiu o dinheiro que é a Conta Caixa que, como dissemos anteriormente, tinha um saldo de R$- 370,00, e agora ficou com um saldo de R$- 70,00. 

 Depois dessas primeiras transações, vamos demonstrar a situação momentânea do nosso amigo através de um balancete. Balancete é o nome que se dá ao demonstrativo de todas as Contas utilizadas na escrituração contábil, com a movimentação ocorrida e seus saldos devedores ou credores.

 Na contabilidade das empresas, normalmente, são elaborados Balancetes Mensais para serem utilizados no gerenciamento dos negócios.

Vamos, então, ao nosso Balancete:

            Como se percebe no balancete acima o capital continua inalterado, ou seja, permanece em R$- 1.000,00, mas a conta Caixa que tinha saldo de R$- 1.000,00, tem agora apenas R$- 70,00, no entanto, os R$- 930,00 que saíram do caixa foram aplicados de tal forma que a princípio não alteraria o patrimônio inicial de R$- 1.000,00, pois o saldo em banco e os materiais vestuário, alimentos e limpeza completariam este valor. Eu digo a princípio porque como podemos perceber os gastos com vestuário, alimentos e limpeza tendem a acabar, uns mais rápidos, outros mais demorados, mas acabam. Vamos ser mais claro ainda: dos R$- 120,00 de alimentos adquiridos, no dia a dia, o nosso amigo irá consumindo, de tal forma, que no segundo dia já seriam, talvez, R$- 116,00, no terceiro dia R$- 111,00, e assim por diante, da mesma forma os materiais de limpeza. Quanto ao vestuário, demora um pouco, mas também acaba, fica velho, estraga.

Essa ladainha toda ai que acabo de passar para vocês, na verdade quer dizer que devemos dar um tratamento diferenciado para estes gastos. (Voltei no assunto, como prometi. Lembram-se?).

            Vamos começar perguntando: para que serve estes materiais adquiridos? Eles servem para manter o jovem Antônio alimentado, bem vestido, limpo, com saúde para que o mesmo possa desempenhar a sua profissão normalmente e ao final do mês receber o seu salário. Certo?

E o que seria o seu salário? Seria a sua receita mensal, não é?  Sim.

Pois bem, para a obtenção de sua “Receita” o nosso amigo precisa gastar com a sua manutenção pessoal, portanto, estes gastos com vestuário, alimentos e limpeza nós chamaremos de “Despesas”. Sendo assim, nós vamos tratar as “Despesas” e as “Receitas” de forma independente criando um grupo de contas especial para elas que será o grupo das “CONTAS DE RESULTADOS”, portanto essas contas não aparecerão como “Contas de Ativo” ou “Contas de Passivo”, pois estas pertencem ao grupo das “CONTAS PATRIMONIAIS”.

Depois dessas considerações, vamos montar novamente o balancete das transações do jovem Antônio, pois nós estamos ainda no dia dois de março/2001.  Neste novo Balancete, além da gente colocar as despesas dentro do seu Grupo específico de Contas de Resultados, elas aparecerão com a grafia correta de como deverão ser identificadas, pois propositalmente, até este momento foram colocadas com os nomes inadequados e sem distinção de grupos de contas, dando a “deixa” para facilitar a minha explicação. Será que consegui? Vamos lá:    

            Antes de seguirmos, eu peço, comparem os dois Balancetes e observem que este último ficou bem mais adequado, pois separa as Contas Patrimoniais (Contas dos Bens, Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido) das Contas de Resultados (Contas de Despesas e de Receitas).

            Nas empresas, dentro de um determinado período, normalmente no final do ano civil (31/12), por ocasião da elaboração do Balanço Patrimonial, é efetuado o encontro das contas de despesas e receitas, onde se apura se houve lucro ou prejuízo. O resultado encontrado é transferido das Contas de Resultados para as Contas Patrimoniais, indo para o grupo do Patrimônio Líquido, aumentando-o se apurado lucro ou diminuindo-o se apurado prejuízo.

Na prática vocês verão que continua sendo tudo muito simples.

Vamos continuar observando o dia a dia do nosso amigo

- Em 15 de março pagou a diarista referente aos serviços de limpeza executados neste mesmo dia com o cheque nº 001 no valor de R$- 40,00;

- Em 16 de março resolveu ir ao Shopping Center onde a assistiu a um filme e logo após, lanchou na praça de alimentação, gastando ao todo R$- 12,00 em dinheiro.

- Em 17 de março foi novamente ao Supermercado fazer algumas compras, pagando em dinheiro, conforme segue:  R$- 30,00 em alimentos e R$- 18,00 em materiais de limpeza e higiene.

- Em 18 de março comprou um computador nas Lojas Tem Tudo Ltda, por R$- 3.000,00 a ser pago em 06 parcelas de R$- 500,00, sendo que a primeira parcela vencerá em 05/04/2001 e as demais sucessivamente todo dia 05.

- Em 30 de março pagou a diarista referente aos serviços de limpeza executados neste mesmo dia com o cheque nº 002 no valor de R$- 40,00.

Não executou mais nenhuma transação neste mês de março.

Vamos formalizar essas transações:

            Os lançamentos no Livro Diário ficariam assim: 

 Analisando estes últimos lançamentos vimos que além das despesas de manutenção e de lazer do nosso amigo Antônio, houve a aquisição de um computador. O computador é um bem (Ativo = coisa boa) e não material de consumo, portanto pertence ao Grupo das Contas Patrimoniais, devendo ser lançado em uma Conta específica que vamos dar o nome de: Equipamentos de Informática.

            Vocês perceberam também que para comprar o computador o nosso amigo não utilizou dinheiro do Caixa e nem do Banco, pois comprou o equipamento a prazo, portanto, apareceu uma obrigação a pagar (Passivo = coisa ruim).      

            Finalizando, vocês viram também que para o pagamento das despesas o Antônio utilizou-se ora de dinheiro do caixa ora de dinheiro do Banco por intermédio da emissão de cheques.

            Vamos ver como ficou o Razão: 

  

  

  

  

            Apresentamos acima as Contas que receberam lançamentos á débitos, agora faltam às contra-partidas, que no caso foram as Contas Caixa, Banco c/corrente e Computador a pagar, salientando que a Conta Caixa vem com saldo anterior de R$- 70,00 em 02/03, conforme segue:

  

  

            Vamos ver como está a situação do nosso amigo em 31 de março de 2001 através de novo Balancete: 

            Pronto, já se foi o primeiro mês de independência do jovem Antônio, e nós fizemos um acompanhamento de todas as suas transações, originando esse Balancete final. Neste Balancete podemos perceber que dos R$- 1.000,00 que recebeu do seu pai, só restam R$- 230,00, sendo R$- 10,00 em dinheiro e R$- 220,00 em depósito no Banco. O restante ele gastou com a sua manutenção (despesas com roupas, alimentos, limpeza, higiene e lazer). Podemos perceber ainda que ele aumentou o seu Ativo (coisas boas), pois adquiriu um computador no valor de R$- 3.000,00. Por outro lado, como o computador foi comprado a prazo, o seu Passivo (coisas ruins) também foi aumentado em R$- 3.000,00.

            Podemos dizer que está encerrada a contabilidade do nosso amigo Antônio referente a março/2001? 

Não, pois ainda estão faltando alguns lançamentos para podermos encerrar a escrituração contábil referente às transações do mês de março de 2001.

As normas de contabilidade dispõem que as DESPESAS e RECEITAS devem ser reconhecidas no período a que pertencerem, independente da data do seu pagamento ou recebimento. A isso se dá o nome de REGIME DE COMPETÊNCIA. Sendo assim, vamos em frente.

Estamos em 31/03 e o jovem Antônio já concluiu o seu primeiro mês de trabalho, portanto, já tem direito a receber o salário de março, não importa se o pagamento será apenas no início de abril.

O salário do Antonio no mês de março foi de R$- 2.500,00

O desconto para a Previdência Social (INSS) foi de R$- 146,10 (11% sobre o teto máximo de R$- 1.328,25)

O valor do Imposto de Renda Retido na Fonte foi de R$- 327,00 (conforme tabela da Receita Federal)

O Antônio também está devendo um mês de aluguel completo no valor de R$- 600,00, que também será pago em 05/04.

O nosso amigo também recebeu as contas de água e de energia elétrica (luz) que vencerão no início do mês, conforme segue:

- Conta de água no valor de R$- 15,50 a vencer dia 07/04/2001

- Conta de Luz no valor de R$- 23,90 a vencer dia 11/04/2001.           

            Agora, vamos formalizar estes lançamentos no Livro Diário:

            E, agora, a escrituração no Livro Razão:  

  

 

 

 

  

  

  

 

                 

 

Efetuado os lançamentos nos Livros Diário e Fichas “Razão”, agora sim, nós vamos elaborar o Balancete final do mês de março/2001:

Bom pessoal, agora o Balancete reflete a situação real do nosso amigo Antônio em 31 de março de 2001, onde podemos observar que daqueles R$- 1.000,00 de capital inicial de que dispunha, ainda restam R$- 230,00, sendo R$- 10,00 em dinheiro e R$- 220,00 em depósito no Banco. Ele também tem um direito a receber de R$- 2.026,90 que é o seu salário líquido do mês de março que deverá ser recebido em 05/04. Têm, ainda, um equipamento de Informática (computador) no valor de R$- 3.000,00. Todas essas Contas são de coisas boas, portanto como vocês vêem, estão no Ativo e tem saldos devedores (mera convenção contábil).

Por outro lado, percebemos também que o Antônio arrumou algumas contas a pagar, sendo as dívidas do computador, do aluguel e as contas de água e luz.  Sendo dívida, então é coisa ruim, e como vocês vêem estão no Passivo e tem saldos credores (mera convenção contábil).

Analisando as Contas de Resultados percebemos que houve uma Receita de R$- 2.500,00 e várias Despesas que se somadas totalizam R$- 1.882,50. Deduzindo as Despesas das Receitas teremos um resultado positivo de R$- 617,50. Este é o lucro do nosso amigo no mês de março/2001. Fazendo o encontro das contas de despesas e receitas, zerando-as, sobrará este lucro que então deverá ser transferido para o grupo das Contas do Patrimônio Líquido a ser demonstrado no Balanço Patrimonial.

Balanço Patrimonial é uma demonstração utilizada tanto pelos proprietários da empresa como por outras pessoas que tem interesse em ter negócios com a mesma, pois traz de forma simples a demonstração da situação financeira da empresa.  Vamos ver como ficaria o Balanço Patrimonial do nosso amigo em 31/03/2001, antes, porém, vamos colocar o Livro Diário com toda a escrituração efetuada no mês de Março/2001:

            Agora, vamos ao Balanço Patrimonial, porém, vale ressaltar que o Balanço Patrimonial é elaborado, normalmente, só no final do exercício, ou seja, no último dia do ano civil (31/12). Aqui nós fechamos somente para efeito de aprendizagem. Com relação aos Balancetes, estes sim são elaborados mensalmente no intuito de subsidiar o gerenciamento dos negócios da empresa.

            Então, vamos ao Balanço:

            Como vocês estão vendo no Balanço acima, já procuramos colocar as Contas dentro dos seus sub grupos conforme determina as Normas Contábeis. Tem outros sub grupos, no entanto vamos comentar por enquanto apenas os que constam no nosso Balanço.

            Ativo Circulante: pertencem a este grupo as Contas que poderão ser transformadas em dinheiro, consumidas ou vendidas dentro de no máximo um ano. Além das contas ali já demonstradas, poderemos encontrar ainda neste grupo as contas de estoque de mercadorias para revenda e/ou de produtos acabados para venda. Podemos encontrar ainda neste grupo aplicações financeiras de curto prazo.

Permanente: São bens adquiridos para serem utilizados na exploração do negócio, não se destinando a venda. São conhecidos também como Ativo-Fixo. Podemos encontrar neste grupo as Contas de Imóveis, Instalações, Maquinários, Veículos, Móveis e Utensílios, etc.

Passivo Circulante: pertencem a este grupo as Contas a pagar como: Fornecedores de mercadorias, Impostos, Empréstimos, Salários e outras dívidas, devendo ser obrigações de curto prazo, ou seja, com vencimento de no máximo um ano.

Patrimônio Líquido: É representado pelo investimento dos proprietários (capital inicial) mais os lucros auferidos no decorrer dos negócios.   

            Bom Colegas, neste Capítulo ficou bem claro que a contabilidade de uma pessoa física em nada difere da contabilidade normal de uma empresa, conforme eu disse no primeiro capítulo de nossas aulas.

Este capítulo foi disponibilizado, originalmente, em 23/07/2001

 

REPAGINADA EM 11/12/2008

 

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